Metodologia da Pesquisa científica
Faculdade Aplicada de Teologia e Filosofia
Curso: Bacharel em Teologia
Tutor: Fernando Carlos de Souza
Aluno: Nelsomar Correa da Silva
TRABALHO SOBRE METODOLOGIA
DA PESQUISA CIENTÍFICA
O processo de aquisição e divulgação do conhecimento teve de ser reformulado para que as informações obtidas sobre os diversos temas tivessem a eficácia da lógica, da razão e do sentido, tendo sido estes três vetores também objeto de estudos e aperfeiçoamentos feitos por pessoas ou grupo de pessoas liderados normalmente por um filósofo.
Quando um assunto abordado é relevante para uma sociedade, seja pelo seu valor científico, religioso, social ou outra área de interesse, este se torna alvo de pesquisas e é debatido por todas as vertentes do grupo ou grupos a que se refere para que não se deixe de lado muitos aspectos importantes, que vistos de diferentes ângulos, será evidentemente enriquecido com maior número de informações.
O escritor e filósofo alemão, de origem religiosa e humilde Immanuel Kant assim escreveu há cerca de duzentos e quarenta anos atrás sobre o conhecimento: “o conhecimento se processa entre dois limites intransponíveis: captar fenômenos sem atingir a coisa em si”. Kant era constantemente criticado pelos filósofos empiristas.
Passados mais de dois séculos desse pensamento kantiano vários conceitos sobre a forma de obtenção e transmissão do conhecimento foram agregados à pesquisa científica, dando origem a uma metodologia mundialmente aceita, porque por ela os diversos aspectos lógicos, racionais e finais inerentes ao assunto abordado são estudados à exaustão e de maneira também lógica e racional elaborados os trabalhos de divulgação, com a finalidade de se anular e mesmo responder quaisquer indagações pertinentes ao caso.
Podemos traduzir metodologia científica por método - caminho e logia – estu-do e ciência – saber, ou seja, a ciência que estuda os caminhos do saber. A metodo-logia científica caracteriza-se por um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objetiva do conhecimento, de uma maneira sistematica.
Com o intuito de organizar a pesquisa científica verificou-se a necessidade de qualificar os diferentes tipos de conhecimento quanto à sua origem, a saber: Conheci-mento Empírico, conhecimento filosófico, conhecimento teológico e conhecimento científico.
Tipos de Conhecimentos
Somos cotidianamente expostos a todos estes tipos de conhecimento. O aper-feiçoamento dos meios de transporte e de comunicação fez da busca do conhecimento uma necessidade vital dos nossos dias. Costumávamos dizer grosseiramente a poucos anos atrás que uma pessoa sem estudos não era ninguém e agora dizemos o mesmo de quem não tem o conhecimento essencial de informática e isso se deve à explosão de conhecimento que o mundo conheceu com o surgimento da internet. O aperfeiçoamento dos meios de transporte incrementaram a divulgação do conhecimento na medida que as informações (correspondências) passaram a transitar com veloci-dade.
O homem, único animal dotado de inteligência que se tem conhecimento, iniciou seu processo de aquisição do conhecimento com a descoberta do fogo, que era con-seguido com o atrito de duas pedras, mas o conhecimento era passado apenas aos gru-pos sociais a que pertencia ou com os quais tinha contato e, pela percepção da utilida-de dos conhecimentos adquiridos, viu a necessidade de catalogação desse conhecimen-to, surgindo assim a escrita.
Somos cotidianamente expostos a todos estes tipos de conhecimento. O aper-feiçoamento dos meios de transporte e de comunicação fez da busca do conhecimento uma necessidade vital dos nossos dias. Costumávamos dizer grosseiramente a poucos anos atrás que uma pessoa sem estudos não era ninguém e agora dizemos o mesmo de quem não tem o conhecimento essencial de informática e isso se deve à explosão de conhecimento que o mundo conheceu com o surgimento da internet. O aperfeiçoamento dos meios de transporte incrementaram a divulgação do conhecimento na medida que as informações (correspondências) passaram a transitar com veloci-dade.
O homem, único animal dotado de inteligência que se tem conhecimento, iniciou seu processo de aquisição do conhecimento com a descoberta do fogo, que era con-seguido com o atrito de duas pedras, mas o conhecimento era passado apenas aos gru-pos sociais a que pertencia ou com os quais tinha contato e, pela percepção da utilida-de dos conhecimentos adquiridos, viu a necessidade de catalogação desse conhecimen-to, surgindo assim a escrita.
O maior êxito conseguido com a catalogação e registro dos conhecimentos adqui-ridos foi tornar possível que as gerações seguintes pudessem enriquecer aqueles conhe-cimentos partindo de idéias já formatadas e consolidadas, possibilitando assim que gera-ção após geração a humanidade aperfeiçoasse seus métodos de criação de riquezas e também avançasse no sentido de conhecer sua verdadeira origem.
É o conhecimento que se passa de geração para geração, obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, por meio da educação informal ou pela experiência pessoal, ou seja, o conhecimento adquirido através de ações não planejadas. Exemplo:
Nas periferias de diversas cidades vemos construções em terrenos de encostas que são habitadas, mas construídas fora dos padrões de segurança e salubridade e assim fi-cam à mercê das i ntempéries do tempo, portanto não foram construídas com planeja-mento e técnica científica.
- Superficialidade – baseia-se pela aparência,
- Sensibilidade – depende da vivência, emoções,
- Subjetivismo – conforme o entendimento da pessoa,
- Assistemático – não há uso de sistematização,
- Acrítico – não se faz discussão sobre os métodos empregados.
Conhecimento Filosófico
É o fruto do raciocínio e da reflexão humana, buscando conhecer as causas reais dos fenômenos, fixando-se nas causas profundas, na origem das coisas gerando conceitos gerais e subjetivos. Exemplo:
É o fruto do raciocínio e da reflexão humana, buscando conhecer as causas reais dos fenômenos, fixando-se nas causas profundas, na origem das coisas gerando conceitos gerais e subjetivos. Exemplo:
“É tão perigoso acreditar em tudo como não acreditar em nada”. Denis Diderot
Características do Conhecimento Filosófico
- Valorativo - seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação. As hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência e não na experimentação.
- Não verificável - os enunciados das hipóteses filosóficas não podem ser confirmados nem refutados.
- Racional - consiste num conjunto de enunciados logicamente correlacionados.
- Sistemático - suas hipóteses e enunciados visam a uma representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade.
- Infalível e exato - suas hipóteses e postulados não são submetidos ao decisivo teste da observação, experimentação.
É o conhecimento adquirido pelo homem através da aceitação de revelações divinas. Exemplo:
E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque Ele salvará o Seu Povo dos seus pecados.
Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz:
Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMAN UEL, que traduzido é: Deus conosco.
E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher;
E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.
Mateus 1:21-25
Características do Conhecimento Teológico
Sistemático – Apresenta um projeto da origem, significado, finalidade e des-tino do mundo,
Valorativo – Revelado por Deus,
Inspiracional – inspirado por Deus,
Infalível – pois fora dado pelo Criador,
Não verificável – depende da fé e da aceitação.
É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. O co-nhecimento científico é dividido assim:
- Conhecimento científico formal: Lógica e Matemática
- Conhecimento científico Factual: que se divide em Ciências Naturais e Ciências Sociais, e estas se subdividem em:
- Ciências Naturais: Física, Química e Biologia
- Ciências Sociais: Antropologia, Direito, Sociologia e Psicologia
Características do Conhecimento Científico
- Racional – a razão é o seu único juiz.
- Objetivo – visa um objetivo de interesse social, científico, econômico, etc.
- Factual – atém-se aos fatos.
- Analítico – feito mediante criteriosa análise dos problemas.
- Transcendente – suas conclusões transcendem aos fatos.
- Lógico – requer exatidão e clareza.
- Comunicável – os estudos e soluções dos problemas encontrados são divulgados ao meio acadêmico, científico e em publicações científicas.
- Falível – seus conceitos e descobertas são renováveis.
- Verificável – suas razões podem ser testadas e verificadas.
- Metódico – para obtê-lo usa-se metodologia de pesquisa científica.
- Sistemático – feito com uso de sistemas.
- Acumulativo – é alcançado com uso de conhecimentos prévios.
- Explicativo – responde às indagações próprias do problema.
- Geral – abrange todas as áreas do conhecimento humano.
- Preditivo– pode se fazer predições.
- Aberto – Não faz acepção de religião, nacionalidade ou raça.
- Útil – tem como resultado trazer benefícios para a humanidade.
Importância da pesquisa científica por métodos
A palavra método tem origem na língua mãe, o latim, onde se es-creve methodus, que pode ser traduzido por “modo de ir ou de ensinar”, e também do grego methodos, que originalmente significa perseguir, ir atrás e pesquisa para estudos, para conhecimento. É formado pelo radical meta – atrás e do sufixo hodos, “caminho”, ou segundo Galliano: “ o caminho para se chegar a um fim” Para a professora, antropóloga e socióloga Mirian Goldenberg (1997), o método é a observação sistemática dos fenômenos da realidade a-través de uma sucessão de passos, orientados por conhecimentos teóricos, buscando explicar a causa desses fenômenos, suas correlações e aspectos não-revelados.
Os métodos básicos comumente utilizados nas ciências naturais (física, química, biologia, etc) são:
- Método indutivo - caminha para planos mais abrangentes, indo das constata- coes particulares às leis e teorias gerais, em conexão ascendente.
(Gil, 1999 – Lakatos – Marconi, 1993)
Ex: Pedro é mortal, Francisco é mortal, José é mortal. Ora, Pedro, Francisco e José são mortais, logo, (todos) os homens são mortais.
Método dedutivo – parte das leis e teorias e prediz a ocorrência de fenôme- nos particulares, em conexão descendente. (usa-se duas premissas e uma conclusão)
(Gil, 1999 - Lakatos - Marconi, 1993
Ex: Todo homem é mortal (premissa maior), Pedro é homem (premissa me-nor), então Pedro é mortal (conclusão).
- Método hipotético-dedutivo - Inicia-se pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos. Formula-se uma hipótese, e, pelo processo dedutivo, testa a predição da ocorrência de fenômenos. Este método tem origem no pensamento de Descartes Enquanto no método dedutivo se procura a confirmação da hipótese, no método hipotético-dedutivo ao contrário, se procura as evidências empíricas para derrubá-la. Segundo Popper, deve-se procurar uma solução através de tentativas (conjecturas, hipóteses e teorias) e eliminação de erros. Segundo Bunge, este método deve seguir as etapas: a) colocação de problemas, b) construção de um modelo teórico, c) dedução de conseqüências particulares, d) teste das hipóteses e e) adição ou introdução das conclusões nas hipóteses.
- Método hipotético-dedutivo - Inicia-se pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos. Formula-se uma hipótese, e, pelo processo dedutivo, testa a predição da ocorrência de fenômenos. Este método tem origem no pensamento de Descartes Enquanto no método dedutivo se procura a confirmação da hipótese, no método hipotético-dedutivo ao contrário, se procura as evidências empíricas para derrubá-la. Segundo Popper, deve-se procurar uma solução através de tentativas (conjecturas, hipóteses e teorias) e eliminação de erros. Segundo Bunge, este método deve seguir as etapas: a) colocação de problemas, b) construção de um modelo teórico, c) dedução de conseqüências particulares, d) teste das hipóteses e e) adição ou introdução das conclusões nas hipóteses.
- Método dialético – penetra o mundo dos fenômenos através de sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade. Este método foi proposto por Hegel e baseia-se no princípio de que as contradições são transcendentes e dão origem a novas contradições, que igualmente necessitam de novas soluções, ou seja, o mundo não é um processo pronto em si mesmo mas um complexo de processos em constantes transformações. Os fatos, portanto. para terem sentido devem ser entendidos considerando-se os efeitos políticos, sociais, econômicos, etc. É normalmente empregado em pesquisa qualitativa.
- Método fenomenológico – preconizado por Edmund Husserl, o pai da fenomenologia. Segundo ele: “remontar pela intuição até a origem da consciência do sentido de tudo que é, origem absoluta, já que nenhuma outra origem que tenha um sentido possa anteceder a origem do sentido”. Logo o método fenomenológico não é indutivo nem dedutivo, preocupa-se com a descrição direta da experiência tal como ela é, que “um sujeito cognoscente pode compreender com clareza e evidência uma realidade que lhe é exterior e heterogênea sem a idealidade das significações lógicas”. Portanto, para se compreender o fenômeno apresentado não é necessário acorrentar-se a premissas ou hipóteses.
- Conclusão: Fazendo-se uma comparação entre ciência e teologia, podemos concluir que as profecias escatológicas apontam para o momento em que todo o conhecimento e ciência se renderão aos princípios e plenitude divinos (Daniel 12:1-4 e 1º Coríntios 1:25: “A loucura de Deus é mais sábia que toda a ciência humana!”. O homem, ao insinuar uma explicação lógica para a realidade que o cerca depara-se com uma imensidão de hipóteses aparentemente desconexas, as quais só podem ser compreendidas com o avanço do conhecimento, assim, algo que parecia loucura há algumas décadas ou séculos atrás, podem hoje ser perfeitamente compreendidas e quanto mais se obtem conhecimento, mais conclui o homem que, na verdade, pouco sabe – disse Louis Pasteur: “Um pouco de ciência afasta o homem de Deus, muita aproxima!”. Assim admoesta as Sagradas Escrituras: “Buscai o conhecimento!” (Provérbios 1:7).
Por Nelsomar Correa
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